A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de educação (Semed), marcou presença no “23º Seminário Interdisciplinar de Pesquisa e Pós-Graduação em educação (Seinpe)” e na 1ª Feira de Inovação, Ciência e Tecnologia da educação do Amazonas (Fictea), realizados, nesta terça-feira, 23/9, no Centro de Convivência, Setor Norte, do campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Ao todo, 18 escolas da REDE municipal participaram, com a apresentação de 23 projetos desenvolvidos por alunos e professores.
O evento, consolidado como um dos principais espaços de produção e
divulgação científica na área da educação, tem como objetivo promover o diálogo entre pesquisadores, professores, gestores e estudantes, além de estimular a curiosidade e o interesse pelo método científico desde os anos iniciais.
A reitora da UFAM, Tanara Lauschner, destacou que a aproximação entre a universidade e a educação básica amplia horizontes para as futuras gerações. “Conseguimos, por meio de métodos avançados de ciência e tecnologia, despertar o interesse pelo método científico desde o ensino fundamental. A expectativa é de que essas crianças mantenham a curiosidade, avancem na escola e cheguem à universidade, inclusive à pós-graduação”, afirmou.
O gerente de Tecnologias Educacionais da Semed, Austônio Queiroz,
reforçou que a participação da REDE municipal envolve diferentes
modalidades de ensino. “Temos projetos desde a educação infantil até a educação de jovens, adultos, idosos, especial, indígena e quilombola. Essa é uma amostra do que vem sendo desenvolvido nas nossas escolas, e agradecemos a oportunidade de mostrar o trabalho dos alunos e professores”, ressaltou.
Entre os destaques, esteve o projeto “Aquário Digital do Rio
Amazonas”, desenvolvido por estudantes da escola municipal Aribaldina de Lima Brito, no bairro Cidade de Deus. O aluno Sebastião Miguel, de
8 anos, explicou o objetivo da iniciativa. “Queremos conhecer melhor os peixes e os animais da Amazônia para ajudar a proteger o nosso ecossistema. Com o aquário digital, aprendemos sobre espécies como o tambaqui, tucunaré e o boto-cor-de-rosa”, contou o estudante.
Outro projeto relevante foi o do Centro Municipal de educação infantil
(Cmei) Dulcineia Tinoco, da zona Leste, que uniu educação ambiental e valorização cultural. A professora Maria Belisia relatou como a
comunidade escolar trabalhou a preservação dos igarapés por meio do artesanato indígena kokama. “Mostramos às crianças e famílias que materiais que seriam descartados podem ser reutilizados de forma criativa. Essa vivência reforçou a consciência ambiental e também valorizou nossa identidade cultural”, destacou.
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Texto – Alexandre Abreu/Semed
Foto – Divulgação/ Semed