aedes aegypti é o tema central da nova iniciativa da Prefeitura de Manaus, que visa detectar o nível de risco de dengue, zika e chikungunya na cidade. Este projeto, coordenado pela Secretaria Municipal de saúde (Semsa), marca o lançamento do 3º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. A ação ocorrerá em todos os 63 bairros, abrangendo as zonas Norte, Sul, Leste e Oeste.
O LIRAa é uma estratégia que consiste na vistoria de 25.764 imóveis, escolhidos por amostragem, com o intuito de avaliar a presença do Aedes aegypti. Essa ação contará com a colaboração de 306 profissionais da Semsa, incluindo Agentes Comunitários de saúde (ACSs) e Agentes de Controle de Endemias (ACEs). Durante as visitas, esses agentes têm como funções principais a coleta e identificação de larvas de Aedes aegypti e a eliminação de possíveis criadouros.
De acordo com Alciles Comape, chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, o LIRAa permitirá à Prefeitura de Manaus identificar o nível de infestação do Aedes aegypti em diferentes áreas da cidade. Essa informação é indispensável para traçar ações específicas de prevenção e controle, especialmente nas áreas mais vulneráveis. O objetivo é evitar surtos de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Resultados dos levantamentos anteriores demonstraram que o índice de infestação do Aedes aegypti caiu de 2,2% para 1,4% de 2025, indicando uma tendência positiva. No entanto, Manaus ainda se encontra em estado de médio risco, com índices variando entre 1,0 a 3,9. Esta situação é motivo de preocupação, visto que os casos de dengue e outras doenças transmitidas por vetores têm sido voláteis.
Entre janeiro e agosto deste ano, Manaus reportou 874 casos confirmados de dengue, representando uma redução de 64,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A participação ativa da população é crucial; Alciles Comape destaca a importância de que os moradores recebam as equipes do LIRAa e permitam a inspeção em suas residências.
As visitas dos agentes de saúde têm como alvo a diminuição de criadouros e a conscientização da população sobre medidas de prevenção da proliferação do Aedes aegypti. Com a chegada da estação chuvosa em novembro, a Vigilância Epidemiológica reforça a necessidade de manter os lares livres de água parada, um foco importante para a reprodução do mosquito.
Além da dengue, o município também registrou oito casos de zika e 60 de chikungunya neste ano. A diminuição dos casos de zika, que caiu de 25 para 8, reflete uma melhora notável; no entanto, o aumento nos registros de chikungunya é uma tendência preocupante que requer atenção contínua.
Fatores como mudanças climáticas e o aumento das temperaturas também podem afetar a incidência de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A enfermeira Marinélia Ferreira, da diretoria de Vigilância Epidemiológica, alerta para a importância de atenção redobrada, pois temperaturas elevadas podem acelerar o ciclo de vida do mosquito, prolongando a crise de saúde.
O LIRAa continuará até 19 de setembro, e, após a análise dos dados coletados, a Semsa divulgará o índice de infestação e o nível de risco em Manaus. Essa divulgação é essencial para um melhor direcionamento das ações de prevenção e controle.
Com a colaboração da população e a transparência nos resultados do LIRAa, é possível fortalecer os esforços para combater o Aedes aegypti e suas consequências para a saúde pública. A vigilância em saúde é uma responsabilidade compartilhada que exige o compromisso de todos os cidadãos de Manaus para manter a cidade em segurança.
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