Marcando a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída no período de 1º a 8 de fevereiro, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), está reforçando as ações de educação em saúde ao público adolescente.
As ações em alusão à Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência ocorrerão em Manaus até o final de fevereiro, com atividades tanto nas Unidades da Atenção Primária à Saúde (APS), como nas escolas públicas envolvendo as equipes do Programa Saúde na Escola (PSE).
A Semsa também vai promover, por meio do Núcleo de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, o “Seminário de Saúde do Adolescente: o adolescente e suas peculiaridades”, marcado para o dia 26 de fevereiro, no auditório da Maternidade Moura Tapajóz, na zona Oeste da capital, com o objetivo de qualificar 100 profissionais de nível superior da APS que lidam com este público.
A chefe do Núcleo de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Semsa, Janaína de Sá Terra, explica que as unidades da Atenção Primária realizam diversas ações durante todo o ano para o cuidado com a saúde dos adolescentes, com atividades de educação em saúde, consultas e orientações sobre os aspectos relacionados ao público adolescente.
“A Semsa vai reforçar esse trabalho no mês de fevereiro. O seminário será mais uma oportunidade de qualificar esse atendimento, abordando o impacto psicológico da gestação na adolescência, a agenda Proteger e Cuidar do Ministério da Saúde, que orienta os profissionais para o atendimento ao adolescente, bem como as formas de prevenção de uma gravidez não intencional nessa fase da vida”, informa Janaína Terra.
Os métodos contraceptivos disponíveis na Semsa abrangem a dispensação de preservativos masculinos e femininos, que são disponibilizados nas UBSs de forma rotineira, sem burocracia ou necessidade de cadastro; inserção do Dispositivo Intrauterino (DIU), disponível em 33 Unidades de Saúde da rede municipal; e a oferta de contraceptivos orais e injetáveis.
A Semsa também oferece a contracepção de emergência, que deve ser administrada preferencialmente até 72 horas após a relação sexual desprotegida. “Nesse caso, é usada a chamada pílula do dia seguinte, mas é um método que deve ser uma exceção em casos de emergência, e não utilizada de forma rotineira”, ressaltou Janaína.
Janaína Terra lembra ainda que quanto mais jovem a adolescente engravidar, mais riscos para a saúde da mãe e da criança, podendo a adolescente desenvolver hipertensão e/ou diabetes gestacional, infecções pós-parto e até o óbito materno.
“O parto prematuro é uma das maiores preocupações de uma gestação precoce, pois pode acarretar diversas complicações para o bebê, como internações prolongadas, tratamentos intensivos e risco de infecções. Além disso, essa situação impõe à adolescente a necessidade de assumir responsabilidades significativas, o que, na maioria das vezes, resulta no abandono escolar. Muitas vezes, ela não consegue retomar os estudos e concluir sua educação, o que impacta diretamente o futuro da família, perpetuando um ciclo de vulnerabilidade”, destacou Janaína.
— — — Texto – Eurivânia Galúcio/SemsaFotos – Divulgação/Semsa