SEMA define uma meta de redução de 15% no número de queimadas e na degradação florestal em relação ao triênio 2023–2025


A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) coordenou, na quinta-feira (30/10), a 14ª Reunião do Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Amazonas (PPCDQ-AM), realizada na sede da secretaria. O encontro reuniu representantes de órgãos estaduais, federais e da sociedade civil para apresentar os resultados alcançados na 4ª fase do plano (2023–2025) e discutir a proposta da nova etapa, que abrangerá o triênio 2026–2028.
Desde 2019, o Governo do Amazonas vem promovendo a atualização contínua do PPCDQ-AM, instrumento central da política ambiental estadual. À época, o Estado acumulava três fases do plano desatualizadas. A partir dessa reorganização, o plano passou a ser mantido de forma permanente, garantindo o acompanhamento dos resultados e a integração entre as ações de combate ao desmatamento, queimadas e degradação ambiental.
“Um dos primeiros compromissos do governador Wilson Lima foi com a atualização do PPCDQ, e desde então temos mantido o plano ativo e alinhado às nossas metas ambientais. É um momento de avaliação dos resultados e também de aperfeiçoamento das estratégias para o próximo ciclo”, afirmou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
Resultados
Entre os principais resultados apresentados, há o registro de uma redução, no Amazonas, de 36,79% na taxa de desmatamento em comparação com o triênio anterior (2020–2022). A meta inicial da 4ª fase previa a diminuição de 10% na área desmatada, equivalente a 641,2 km², objetivo amplamente superado.


No que se refere às queimadas, o total de 49.226 focos de calor registrados no triênio 2023–2025 representa uma redução de 6,75% em relação ao período anterior, que contabilizou 52.794 focos.
Avanços na bioeconomia
A apresentação de resultados também destacou o eixo da bioeconomia, que fortalece as cadeias produtivas sustentáveis e promove geração de renda em Unidades de Conservação (UCs). Em 2025, as áreas com maior produção foram a Reserva Extrativista Canutama, a Floresta Estadual de Canutama e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uacari.
Entre as cadeias produtivas, o pescado fresco e seco se destacou com uma produção de 232.451 kg de peixe, resultando em uma movimentação de R$ 2,37 milhões e contribuindo para uma geração total de renda de R$ 9,35 milhões nas UCs.
Metas
Para o NOVO ciclo do plano, a proposta apresentada pela SEMA define uma meta de redução de 15% no número de queimadas e na degradação florestal em relação ao triênio 2023–2025.
A nova fase também prevê a continuidade da produção do Plano Tático Integrado (PTI), conduzido pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), com foco nas operações de combate ao desmatamento e às queimadas no sul do Estado e na Região Metropolitana de Manaus.
Outro instrumento previsto é o Plano Operativo de Prevenção e Combate de Incêndios Florestais (PPCIF), que será elaborado anualmente com base em previsões climáticas e monitoramento ambiental, conforme a Resolução COMIF nº 2, de 21 de março de 2025.

