A Secretaria de Estado de educação e Desporto Escolar encerrou nesta quarta-feira (03/12) o ciclo do Seiva.Dados, reunindo mais de mil alunos do ensino médio e representantes de instituições parceiras, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Instituto de ciências Periféricas (ICP) e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Durante o evento, alunas de cinco escolas Estaduais apresentaram projetos desenvolvidos ao longo de cinco meses nas unidades de ensino.
Apresentações e temas trabalhados
As pesquisas das estudantes trataram de problemas das próprias comunidades, incluindo proteção de animais, saneamento básico, reciclagem, saúde, infraestrutura e segurança pública. As apresentações foram produzidas a partir de questionários, entrevistas e aplicação de formulários com moradores, estudantes e autoridades públicas.
A assessora pedagógica do Departamento de Política e Programas Educacionais (Deppe), Rita Pereira, representou a Secretaria de educação e destacou o impacto social do projeto. “Esse é um projeto muito importante, que mobilizou as estudantes a pensarem soluções sobre questões que elas enxergam dentro da própria comunidade. Faz parte do processo delas entenderem que podem mudar a realidade onde vivem, que são agentes sociais de transformação”, afirmou Rita, ponto focal do Seiva.Dados na Secretaria de educação.
Entre as participantes, a estudante Yasmin Lopes, 16, aluna da 1ª série do ensino médio da EE Manoel Rodrigues de Souza e integrante do grupo SOS Pets, ressaltou a experiência com coleta de dados e entrevistas. “Os animais em situação de rua fazem parte do cotidiano do nosso bairro, e transformar isso numa discussão embasada, com dados, entrevistas e pesquisa foi muito significativo”, comentou a aluna.
Além das apresentações, a programação contou com uma batalha de Slam, promovida pelo grupo Perifa Amazônia, que encerrou o evento com uma atividade cultural ligada às vivências das estudantes.
Formação docente
Os professores que orientaram as estudantes participaram de formação na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), por meio do curso livre “Abordagem STEAM e Aprendizagem por Projetos aplicados a problemas territoriais”, promovido pela Gedutec. No curso, os educadores foram incentivados a desenvolver projetos interdisciplinares com foco em Ciência de Dados, Tecnologia, Engenharia, artes e matemática, além da Aprendizagem Baseada em Projetos e da aplicação de soluções a partir de dados locais.
A professora de Língua Portuguesa da EE Jairo da Silva Rocha e orientadora de projetos na escola, Emanuella Costa, comentou sobre o caráter formativo da iniciativa: “A iniciativa busca fortalecer o pensamento crítico das estudantes e ampliar a compreensão delas sobre seu lugar na sociedade, estimulando o protagonismo juvenil e a construção de uma atuação cidadã mais consciente e participativa”, ressaltou a professora.
Projetos por escola
Na EE Nathalia Uchoa, grupos trabalharam o descarte correto de resíduos com o “Winx Fadas da Reciclagem”, melhorias de infraestrutura com o “Star Girls” e a segurança pública no bairro Japiim II com o “Winters”.
Na EE Roberto dos Santos Vieira, o “UNI4” investigou falta de infraestrutura no bairro Nova Cidade; o “Twice” também tratou do descarte de resíduos; e o “Quimera” apresentou reflexões sobre saúde pública no bairro Monte das Oliveiras.
Na EE Ruy Alencar, o “InfraEscola” avaliou a infraestrutura da unidade e o “Parada Segura” focou na segurança das mulheres nas paradas de ônibus próximas à escola.
Na EE Manoel Rodrigues de Souza, o grupo “As SuperMendes” trabalhou saneamento básico e arborização no bairro Armando Mendes, incluindo ações como distribuição de panfletos e plantio de mudas. O “SOS Pets” abordou abandono de animais, adoção responsável e importância da castração, enquanto o “Butterfly” tratou de infraestrutura local.
Na EE Jairo da Silva Rocha, o “5 Elementos Revive Leste” atuou na revitalização de lixeiras viciadas e sensibilização da população, e o “Vozes da Comunidade – Recicla Mais” abordou reciclagem e cuidado com o meio ambiente.
Ao todo, foram 13 grupos de trabalho nas cinco escolas, que além de identificar problemáticas também apresentaram propostas de intervenção para transformar a realidade dos territórios.
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