FOTOS: Herick Pereira/SecomAs seis policlínicas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) atendem, em média, 700 pacientes por mês no Programa Pé Diabético e Lesões Cutâneas Crônicas. A iniciativa do Governo do Estado oferece assistência multiprofissional e acompanhamento humanizado aos pacientes diabéticos.
Há 47 minutos
Por Agência Amazonas
Assistência está disponível em seis policlínicas do Estado, localizadas em diferentes zonas da capital
Desde 2014, o programa é realizado nas Policlínicas Governador Gilberto Mestrinho, centro, zona centro-sul; e Antônio Aleixo, na Colônia Antônio Aleixo, zona leste, pelos profissionais da SES-AM. A assistência também é ofertada nas Policlínicas Codajás, Cachoeirinha, zona sul; Dr. José Lins, Redenção, na zona centro-oeste; Zeno Lanzini, Tancredo Neves, na zona leste; e Danilo Corrêa, Cidade Nova, na zona norte, em parceria com a Associação Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam).
O pé diabético é uma complicação da diabetes mellitus, síndrome metabólica, que ocorre a partir de uma série de alterações nos pés de diabéticos, ocasionado por níveis de glicemia anormais, causando lesões de difícil cicatrização nos pés, que podem se expandir para os tornozelos. Infecções ou problemas na circulação dos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns, podendo acarretar o surgimento de feridas que não cicatrizam e infecções nos pés.
Sintomas
De acordo com o médico angiologista do programa, Javier Perdomo, o diabetes é uma síndrome de causa multifatorial e multissistêmica, sendo caracterizada como uma doença silenciosa.
O objetivo do Programa Pé Diabético é evitar a hospitalização de pacientes com lesões ocasionadas por complicações da diabetes e estimular a melhoria da qualidade de vida, por meio de acompanhamento multiprofissional e diminuição de amputações. Hoje, o pé diabético é a principal causa de amputação de membro inferior no país.
“As pessoas com diabetes podem ser acometidas por várias complicações, necessitando, ter um controle rigoroso dos padrões glicêmicos, da pressão arterial sistêmica, além de uma vigilância periódica aos órgãos mais sensíveis, como os olhos, os rins e o coração”, ressaltou o angiologista.
Segundo o médico, no início, a maioria das pessoas não identifica os sinais e sintomas clássicos da doença e alerta para a importância de manter uma rotina de check-up.
Prevenção
Conforme o médico, a prática de hábitos saudáveis é a melhor forma de prevenir o diabetes e diversas outras complicações. “A prevenção é um fator indispensável para o controle da doença e para se ter uma qualidade de vida melhor, é possível por meio do acompanhamento médico constante e uma alimentação saudável”, disse Javier Perdomo.
Entre os sintomas mais frequentes estão fraqueza nas pernas, sensação de formigamento frequente, queimação nos pés e tornozelos, dormência nos pés, dor e sensação de agulhadas e perda da sensibilidade nos pés. Além da prevenção, a doença e lesões podem ser controladas com ajuda especializada, envolvendo equipes multidisciplinares com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais e psicólogos, que prestam apoio psicossocial nas policlínicas do Estado.
“O ambulatório funciona como um importante cenário de prática no atendimento especializado aos pacientes com diabetes ou/e doenças vasculares. O objetivo é evitar internações, já que o diabetes envolve uma série de alterações que comprometem os membros inferiores e que podem evoluir para processos infecciosos e problemas na circulação, que podem levar a amputações de membros”, enfatizou a enfermeira estomaterapeuta.
Acesso
De acordo com a supervisora do programa, Hanna de Carvalho, enfermeira que atua no Segeam, a participação no Programa Pé Diabético ocorre após encaminhamento obtido em consulta médica em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Após a avaliação médica, o paciente é encaminhado ao ambulatório mais próximo de sua residência.