Professor Samuel destaca ‘reparação histórica’ em inauguração de cemitério dos povos indígenas

Nesta terça-feira (19/4), quando se comemora o Dia dos Indígenas, o vereador professor Samuel (PL), participou da inauguração do primeiro cemitério indígena urbano do país, “Yane Ambiratá Rendáwa Bara Upé”, localizado no cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona Oeste. Na ocasião, o presidente da 13ª Comissão de direitos humanos, Povos Indígenas e Minorias destacou como uma ‘reparação histórica’ necessária.
“No dia que o 1º aniversário da Aldeia da Memória Indígena de Manaus, que também foi um marco no resgate da reparação histórica, celebramos a entrega deste cemitério que resgata a memória dos nossos ancestrais, dando a eles um espaço com respeito e dignidade”, destacou o parlamentar.
Considerados os primeiros habitantes conhecidos da Amazônia os povos indígenas somam mais de 817 mil habitantes em nosso país, sendo que 60% desta população vive na Amazônia. No Amazonas, somente na região do Alto Solimões, há cerca 70 mil.
A solenidade que teve a presença do prefeito David Almeida, o diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira e outras autoridades que destacaram o ato como uma dívida histórica que hoje reescreve suas linhas. “Nós queremos tratar a questão indígena de forma clara, de forma digna, e reconhecendo os donos dessa terra. Aqui está o meu reconhecimento, pelo trabalho, pela ancestralidade, pela importância de cada um. Manaus tem suas origens, nós somos herança dessa ancestralidade”, disse o prefeito.
O espaço conta com 216 gavetas em cada um dos cinco módulos, totalizando 1.080 espaços no campo-santo. Na ocasião, o chefe do Executivo municipal destacou que 353 anos depois da fundação da cidade, os indígenas de Manaus passam a ter um NOVO espaço sagrado.
Cemitério indígena urbano do Brasil em Manaus “Yane Ambiratá Rendáwa Bara Upé”:
Os trabalhos de construção foram coordenados pela Secretaria Municipal de limpeza urbana (Semulsp), ainda na gestão do antigo secretário Sabá Reis, bem como o projeto técnico-arquitetônico do campo-santo, com o conjunto dos cinco módulos de sepulturas verticais em gavetas e o portal de entrada exclusivo. A preparação das ocas, o jardim e a pintura do grafismo estão sendo realizados pela Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime).
Texto: Paula Christina – Assessoria de Comunicação do vereador
Foto: Assessoria de Comunicação do vereador