O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) fez um apelo nesta terça-feira, 23, na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), para que o Governo do Amazonas mantenha a nova rodada de negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), após a categoria rejeitar a proposta de 8% de reajuste salarial apresentada pelo Executivo estadual. A classe pede correção de 25% no pagamento das datas-base dos últimos dois anos, além de outras melhorias e benefícios.
Em seu pronunciamento na Sessão Ordinária, Wilker afirmou que o Executivo precisa ter vontade e altivez para negociar a proposta dos profissionais da educação. Além do reajuste salarial e ganho real, a classe pede reajuste de 50% e 100% no vale- alimentação e auxílio-localidade, respectivamente; pagamento das progressões por tempo de serviço e por titularidade, atrasados desde 2018; revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), plano de saúde para aposentados e servidores que atuam no interior do Estado; e auxílio transporte para trabalhadores acima de 60 anos.
“Faço um apelo à liderança do Governo, que mantenha a reunião de quinta-feira, mesmo com o estado de greve. É a vez do Executivo sentar à mesa porque nos últimos meses só ‘barrigou’ o movimento dos professores, o diálogo era para ter sido construído ao longo desses meses perdidos, não pode o Governo querer impor a conversa somente se parar a greve”, ponderou Barreto, frisando o pedido do Executivo de dialogar com a classe mediante a paralisação da greve, o que foi negado pela categoria.
Na segunda-feira (22), em Assembleia geral realizada pelo Sinteam e que contou com a presença de aproximadamente cinco mil pessoas, a categoria decidiu pela manutenção da greve, após rejeitar a contraproposta de 8% de reajuste salarial, apresentada pelo Governo no dia 19 de maio. Diante da negativa, a presidente do Sinteam, Prof. Ana Cristina Rodrigues, formalizou a decisão e encaminhou ao Governo uma nova rodada de negociação, agendada para a próxima quinta-feira, 25 de maio.
Por fim, Wilker defendeu o posicionamento dos trabalhadores da educação, até que seja resolvida a pauta da categoria. “Desde o dia 8 de março a proposta se encontrava no Governo e de lá pra cá sequer se posicionou novamente. Não está errada a postura dos professores. E uma coisa é certa: se o Governo pagar pra ver, os professores não irão recuar”, finalizou o parlamentar.