O Amazonas foi pioneiro ao criar uma técnica para detecção preliminar de cocaína preta. A droga, que não apresenta odor, é misturada em produtos como café, chocolate, carvão ou até mesmo no açaí, dificultando a identificação.
Peritos do Departamento de Polícia Técnico-Científica, da SSP-AM, falaram sobre as técnicas para identificação da cocaína preta. Foto: Carlos Soares/SSP-AMPeritos criminais do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM), mostraram as técnicas para identificação da cocaína preta, em uma palestra ministrada aos alunos do Curso de Química da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A atividade integra a 36ª Semana de Química, que iniciou na manhã desta quarta-feira (18/10) no campus da universidade, localizada na zona leste de Manaus.
Os peritos Najara Marinho, Midory Hiraoka e Madson Nascimento. Foto: Carlos Soares/SSP-AMA perita, que é ex-aluna da Ufam, falou sobre a honra de retornar à universidade para compartilhar suas experiências profissionais com os estudantes. “É uma grande honra mostrar aos alunos que estamos executando um trabalho de excelência para a sociedade do Estado do Amazonas no combate ao crime de tráfico de drogas”, disse Najara.
De acordo com a diretora do Instituto de Criminalística (IC), a perita Najara Marinho, a técnica foi desenvolvida com materiais simples, a fim de adequá-la à logística do Amazonas, permitindo que o teste preliminar seja efetuado rapidamente de qualquer lugar.
“Para mim é uma satisfação muito grande voltar à universidade que me formou, voltar a essa casa pela qual eu tenho muita gratidão e poder contribuir com a formação dos novos alunos e inspirá-los”, afirmou o perito.
O perito Madson Nascimento, um dos criadores da técnica e também ex-aluno da Ufam, explicou aos discentes que, após vários testes, a metodologia desenvolvida se mostrou capaz de identificar a nova droga. Ele fez uma experiência do novo método para os estudantes.
Docente da Ufam, Genilson Santana foi professor dos peritos Najara e Madson e se mostrou orgulhoso dos ex-alunos. “Eu, como ex-professor deles, me sinto muito orgulhoso, porque para nós, professores, ver o sucesso dos nossos alunos é fortalecedor”, disse o professor.
Universitários durante experiência com a nova metodologia para detecção da cocaína preta. Foto: Carlos Soares/SSP-AMConhecimento
O estudante de Química Felipe Souza destacou a importância da atividade realizada para inspirar os alunos e ter um pouco de contato com esses conhecimentos. “É muito difícil esse acesso ao conhecimento, então foi muito interessante eles terem mostrado um pouco do Departamento Técnico Científico e também o teste de identificação da cocaína preta. Isso é bem interessante e bastante atrativo para os alunos de Química,” ressaltou o estudante.
Profissionais do DPTC compatilharam exeprinências com estudantes da Ufam. Foto: Carlos Soares/SSP-AM