Foto: Girlene Medeiros/FVS-RCP
Há 8 minutos
Nota técnica e alerta foram divulgados neste sábado (06/01)
A febre do Mayaro e a febre Oropouche são causadas por vírus com o mesmo nome que identificam as doenças. Os sintomas das duas febres são parecidos com arboviroses, como a dengue e a chikungunya. Não há registro de transmissão de uma pessoa para outra diretamente nos dois tipos de febres. As duas doenças não são de notificação compulsória (obrigatória).
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, orienta a intensificação da vigilância, prevenção e controle das febres do Mayaro e Oropouche. A orientação consta na Nota Técnica 005/2024, divulgada neste sábado (06/01) e disponível em: abre.ai/hQdO. Um alerta sobre a circulação do vírus Oropouche também foi emitido e está acessível em: abre.ai/hQdQ.
Nesse período sazonal das arboviroses no Amazonas, que coincide com o período chuvoso no estado, a nota técnica inclui orientações para as vigilâncias em saúde municipais, destacando cenário epidemiológico, sintomas, transmissão, diagnóstico, cadastro de amostras, tratamento, além de medidas de prevenção e controle dessas duas febres.
No entanto, o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), integrante da FVS-RCP, detectou, no período de dezembro de 2023 até quinta-feira (04/01), 199 casos de febre oropouche. Desse total, 94,9% (189) são de Manaus, 2,5% (5) de Presidente Figueiredo, 1% (2) de Maués, 1% (2) de Tefé e 0,5% (1) de Manacapuru. Não foram detectados casos de febre do Mayaro até este sábado.
Febres do Mayaro e OropoucheNa febre do Mayaro, a transmissão ocorre a partir da picada de mosquitos que se infectam ao se alimentar do sangue de primatas (macacos) ou humanos infectados com o vírus Mayaro. O homem é considerado um hospedeiro acidental, quando frequenta o habitat natural dos hospedeiros e vetores silvestres infectados.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que a intensificação da vigilância epidemiológica é uma estratégia de enfrentamento às doenças transmitidas por vetores que tendem a aumentar no período chuvoso. “É preciso que a vigilância em saúde esteja ainda mais sensível. A cooperação entre governos estadual, municipais e a população é importante para fortalecer a capacidade de resposta”, disse.
Já a febre Oropouche, é uma arbovirose, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim. Outros vetores também podem transmitir o vírus oropouche. Os hospedeiros do vírus são primatas e bichos-preguiça. Os sintomas são semelhantes ao da dengue, como dor de cabeça, dor muscular, dor na articulação, tonturas, náuseas e diarreia.
Os casos suspeitos incluem sintomas de febre, dor em articulações, inchaço em articulações, acompanhado de dor de cabeça, dor muscular, irritação na pele espalhada pelo corpo, com exposição da pessoa, nos últimos 15 dias (ou moradia), em área silvestre, rural ou de mata.
Especificamente sobre a febre Oropouche, a eliminação dos criadouros envolve eliminar os acúmulos de lixo, promovendo limpezas de terrenos, lajes, caixas d’água e cisternas; realizar a vistoria para eliminar qualquer tipo de água parada que propiciem que os mosquitos depositem ovos.
PrevençãoAs medidas de prevenção contra as febres do Mayaro e Oropouche envolve evitar a picada de mosquitos infectados. Ao adentrar em locais de mata e beira de rios (principalmente entre 9 e 16 horas), fazer uso de repelentes, roupas compridas, usar cortina e mosquiteiros em áreas rural e silvestre.