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Exibições têm início nesta quarta-feira (25/09) no Cine Teatro Guarany, com o apoio do Governo do Amazonas
FOTO: Divulgação
A primeira edição do “Close”, festival de cinema dedicado a produções audiovisuais voltadas para temáticas relacionadas ao universo LGBTQIAPN+ tem início nesta quarta-feira (25/09). A mostra competitiva do festival vai exibir 20 obras, entre documentários e ficção, de diferentes regiões do Brasil, além de Portugal e México. O “Close” acontece até sábado (28/09), sempre a partir das 18h30, no Cine Teatro Guarany, ao lado do Palácio Rio Negro, na avenida Sete de Setembro, Centro. A programação é gratuita e aberta ao público.
A lista de filmes e horários de exibição está pode ser conferida nas redes sociais do festival @closecinefestival e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa @culturadoam.
De acordo com o idealizador e produtor do “Close”, Wallace Abreu, o festival é o primeiro do segmento na região Norte e surge no cenário regional como uma nova janela para exibição e promoção de filmes com temáticas LGBTQIAPN+. O festival tem o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
“São filmes de ficção e documentais, de curta, média e longa-metragem, além de séries e minisséries, que, em sua maioria, não chegam ao grande público, muito pela falta de incentivo e de espaços dedicados à sua promoção”, afirma. “O ‘Close’ na sua primeira edição já supera a expectativa, com mais de 200 produções enviadas na fase de inscrição. Isso é bastante significativo”, destaca o produtor.
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Wallace Abreu acrescenta, ainda, que mais de 90% da equipe de produção do “Close” faz parte da comunidade LGBTQIAPN+. “Esse foi um importante mecanismo de inclusão, considerando que hoje o setor audiovisual em Manaus ainda é majoritariamente masculino. Pensando nisso, consideramos a inclusão não somente de profissionais capacitados, mas também de artistas e técnicos em formação”, conta.
A curadoria das produções que farão parte da mostra competitiva do festival foi feita pelo mestre em Sociedade e Cultura da Amazônia, especialista em Cinema e Linguagem Audiovisual, Wallace Abreu. Ele atua há anos no mercado cinematográfico e teatral amazonense como ator, diretor artístico e roteirista/dramaturgo.
Também fez parte do processo de escolha das obras o multifacetado e premiado artista manauara Arnaldo Barreto, que atua em diferentes campos da produção cultural, como o cinema, teatro e música. Arnaldo destacou-se nacionalmente ao ganhar o prêmio de Melhor Ator no prestigiado Cine Guarnicê, concorrendo com atores de renome.
Competição
O festival será dividido entre as mostras Nei Szafir de Ficção e Manuela Otto de Documentário. Cabe ao júri especializado a escolha do melhor filme de ficção e documentário. Os membros do júri poderão ainda ofertar mais dois prêmios especiais, em cada mostra, destacando questões artísticas ou técnicas dos filmes em competição. Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia de encerramento no sábado (28/09).
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Participam do júri Douglas Rodrigues, que possui 25 anos de trajetória no campo artístico e teatral, à frente da Associação Arte & Fato. Em 2021, publicou seu primeiro roteiro audiovisual, “Casa D’água” e dirigiu o curta-metragem de animação “O menino por detrás das nuvens”. Em 2024 realiza o Cineclube Infâncias, em parceria com a Mostra Mercosul Audiovisual.
Outra jurada é a curadora travesti Mariellen Kuma, artista que desempenha papel fundamental na comunidade trans em Manaus. É pesquisadora de gênero e direitos humanos junto ao GICS/UEA. Atualmente trabalha na produção e direção do documentário “Márcia Antonelli, da escrita à sobrevivência” e da websérie “Comida de Caboco”.
O grupo de jurados terá, ainda, a participação de Zeudi Souza, produtor, diretor e roteirista manauara, graduado em Teatro e pós-graduado em Cinema e Linguagem Audiovisual.
O público presente durante as sessões de exibição dos curtas em competição também poderá escolher seus filmes favoritos. O mais votado em cada uma das categorias receberá o título de Melhor Filme Júri Popular.
Para Mariellen Kuma, o “Close” chega como um novo espaço essencial para fortalecer as vozes LGBTQIAPN+ e garantir que histórias plurais e diversas sejam contadas, contribuindo diretamente para a visibilidade e avanço de pautas primordiais para a comunidade. “Estou muito animada para assistir aos filmes do Festival Close e ver como as diferentes narrativas LGBTQIAPN+ serão retratadas”, frisa.
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Filmes
Entre os representantes das produções participantes do festival a expectativa é grande. É o caso do diretor do documentário “Camyla Bruno”, Henrique Saunier. O doc é uma das produções amazonenses participantes do festival. “Apresentar esse trabalho no ‘Close’ é uma satisfação. É como se o filme ganhasse vida novamente, pois quando lançamos, ainda estávamos em um período de festivais remotos/online por conta da pandemia, por isso é muito especial ver ele circulando e chegando nas pessoas de maneira presencial”, reforça.
“Camylla Bruno” retrata a história do artista transformista Bruno Maciel, que em meio à pandemia de Covid-19, em 2020, se prepara para concorrer ao Miss Amazonas Gay e realizar o sonho de conquistar o cobiçado título. “Camylla Bruno” transporta os espectadores para dentro desse universo em que o masculino e feminino se misturam, e onde Bruno precisa dividir sua rotina entre o restaurante que administra e os palcos dos concursos.
Para a diretora de “Não somos mais o que éramos”, Patrícia Sá, fazer parte do primeiro ano do Festival ‘Close’ é supersignificativo. “Esse é mais um espaço para a exibição dos nossos filmes. E ainda mais saindo do eixo RJ-SP, aproximando cada vez mais nossas culturas. Vida longa ao Festival ‘Close’!”.