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Evento contou com palestras, oficinas, exibição de curta-metragem, salas temáticas e doação de mudas de plantas
FOTOS: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de educação e Desporto EscolarNa semana em que o Dia Nacional da educação Ambiental (03/05) e o Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06) são celebrados, a escola Estadual (EE) professor Ondina de Paula Ribeiro, localizada no bairro Japiim, zona sul de Manaus, realizou uma mostra socioambiental com o tema “Quanto tempo temos na terra?”, com a presença da comunidade escolar e de especialistas socioambientais. A atividade encerrou nesta quarta-feira (04/06).
O evento contou com palestras sobre sustentabilidade, policiamento ambiental e a importância dos povos originários para a preservação do meio ambiente. Os alunos realizaram, também, oficinas sobre sociobiodiversidade, além da exibição do curta-metragem “ilha das flores” e exposição de salas temáticas com trabalhos elaborados pelos estudantes com conteúdo relacionado às ciências da natureza.
Para a professora Suzan Medeiros, idealizadora da mostra, o principal objetivo do evento era instigar a reflexão sobre as atitudes tomadas pelo ser humano que podem prolongar a vida do planeta terra. Desde o início do ano letivo, temas relacionados ao meio ambiente foram abordados em sala de aula para que os alunos se familiarizassem e se entendessem como protagonistas na luta contra o desmatamento e a poluição.
“Todo o trabalho foi feito utilizando materiais recicláveis, porque os alunos estão acostumados a utilizar materiais oriundos do petróleo. Então desmistificar e tirar todo esse pensamento que eles já tem não é fácil, mas eles conseguiram assimilar esse conhecimento, de reciclar, reutilizar, repensar e recusar principalmente os emborrachados, o isopor, todo material que após uma feira como essa vai para o lixo e demora quatrocentos anos para ser degradado”, ressaltou a professora.
Plantando a semente do futuro
FOTOS: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de educação e Desporto EscolarO engenheiro florestal do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Felipe Freitas, foi um dos palestrantes do primeiro dia de mostra, na terça-feira (03/06). O principal tema abordado por ele foi a sustentabilidade por meio da preservação das florestas e o impacto disso na rotina da população.
Para Felipe, o reforço da conscientização ambiental nas escolas é uma ação decisiva para o futuro do planeta, pois a partir do entendimento de que as práticas, sustentáveis ou não, têm impacto significativo, as ações tomadas pelos alunos passam a ser pensadas de outras maneiras.
“É na escola que surge o pensamento crítico, o pensamento de cidadão, como cada um PODE exercer seu papel. Eu entendo como fundamental esse trabalho, cada um com a sua linguagem, fazendo toda essa trajetória ao longo da vida escolar dos estudantes, para que eles saiam da escola justamente entendendo o papel de cada um na sociedade”, afirmou o engenheiro.
Nas salas temáticas, os alunos relacionaram os conhecimentos adquiridos em sala de aula com a sustentabilidade por meio da criação de objetos com materiais recicláveis. Velas orgânicas, cosméticos com frutos regionais da Amazônia, moda sustentável e reaproveitamento de papel para a criação de quadros foram alguns dos trabalhos apresentados.
Os estudantes utilizaram material reciclável também para a criação de jogos de tabuleiro nas salas de “Jogos de modelo atômico” e “Jogos da tabela periódica”, onde os conhecimentos em Química puderam ser testados de maneira lúdica. Para a aluna Rebeca Alice, da 1ª série do ensino médio, trabalhar em grupo para a confecção dos materiais mostrou que todo mundo tem um pouco de conhecimento para compartilhar com o próximo.
FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de educação e Desporto Escolar
“Nós fizemos os tabuleiros com todos os resíduos que as pessoas jogavam no lixo, papelão, usamos os pinos recicláveis, fizemos então algo inovador, que além de ampliar os nossos conhecimentos, vai ajudar a gente a levar conhecimento para outras pessoas, para que elas pensem de outras formas”, reiterou a aluna.
