Bases Fluviais têm se mostrado um pilar essencial no combate ao tráfico de drogas na região amazônica. No primeiro semestre de 2025, as Bases Fluviais Arpão 1, 2 e 3, Paulo Pinto Nery e Tiradentes, coordenadas pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), realizaram operações eficazes que resultaram na apreensão de mais de 1,6 tonelada de entorpecentes. Essas operações para combater o tráfico ocorreram nos rios Solimões, Negro, Japurá e Amazonas, evidenciando a efetividade das polícias Militar (PMAM) e Civil (PC-AM) na luta contra o crime organizado.
Além das significativas apreensões de drogas, o trabalho integrado das forças de segurança das Bases Fluviais resultou na prisão de 60 indivíduos e na apreensão de cinco armas de fogo e 23 munições. Estima-se que o impacto financeiro nas organizações criminosas, devido a essas operações, ultrapasse R$ 158 milhões. Esses números ressaltam a importância das iniciativas das Bases Fluviais não apenas na apreensão de substâncias ilícitas, mas também na proteção da sociedade.
O secretário da SSP-AM, Vinicius Almeida, sublinhou que o sucesso dessas operações se deve ao comprometimento dos policiais e à utilização de tecnologias de ponta. Desde o começo de 2025, a maioria dos recursos necessários para custear essas operações tem sido fornecida pelo Governo do estado, que reconhece a importância da atuação das forças de segurança nas Bases Fluviais.
Um dos aspectos fundamentais para o sucesso das apreensões realizadas nas Bases Fluviais é o trabalho dos cães farejadores da Companhia Independente com Cães (Cipcães) da PMAM. Esses animais são rigorosamente treinados para detectar entorpecentes, mesmo quando escondidos em compartimentos intricados e com pouco espaço. A presença dos cães farejadores contribui significativamente para a eficácia das operações. O secretário enfatizou que esses cães representam aliados essenciais, permitindo localizações precisas que ajudam a desmantelar ações criminosas complexas.
Um exemplo impressionante da atuação dos cães farejadores foi em uma operação em que o cão policial Xerife localizou 36 quilos de maconha do tipo skunk e cocaína, avaliados em mais de R$ 885 mil. Esse evento ilustra de maneira clara como a interação entre a tecnologia e o trabalho humano nas Bases Fluviais pode resultar em apreensões significativas e impactos positivos no combate ao tráfico de drogas.
As equipes das Bases Fluviais enfrentam uma grande responsabilidade e realizam vistorias meticulosas em todas as embarcações suspeitas. Os cães farejadores percorrem o interior das embarcações, incluindo balsas e compartimentos, sempre alertas para qualquer vestígio de material ilícito. Essa abordagem detalhada é crucial para garantir que nenhuma carga suspeita passe despercebida, consolidando ainda mais a função das Bases Fluviais no combate ao tráfico de drogas.
Um caso emblemático ocorreu no dia 25 de junho, quando uma operação na Base Fluvial Arpão 3 resultou na apreensão de mais de 98 quilos de drogas e na prisão de três homens. Durante a abordagem a uma embarcação, a cadela policial Athena sinalizou a presença de drogas. Com o suporte do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), os policiais descobriram uma quantidade expressiva de entorpecentes escondidos. Essa operação específica resultou na apreensão de 55,8 quilos de maconha do tipo skunk, 35,5 quilos de pasta base de cocaína e aproximadamente 6,7 quilos de cocaína em pó, estimando um prejuízo ao crime organizado de R$ 3,4 milhões.
De maneira geral, as Bases Fluviais se consolidam como uma frente de resistência e ação eficaz contra o tráfico de drogas, apresentando resultados palpáveis em um cenário que, embora desafiador, se torna promissor graças ao esforço constante das forças de segurança.