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Medidas conjuntas visam prevenção, diagnóstico e tratamento
Foto: Maíra Pessoa/ FVS-RCP
O Grupo de trabalho responsável pelo monitoramento da esporotricose no Amazonas definiu nova estratégia de combate à doença e integração entre saúde humana e animal, em reunião realizada nesta quarta-feira (20/08), na sede da Fundação de Vigilância em saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Além da FVS-RCP, integram o grupo de trabalho representantes da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Hospital Alfredo da Matta (FUHAM), Secretaria de Estado de Proteção Animal (SEPET), Secretaria Municipal de saúde de Manaus (Semsa-Manaus) e Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas.
Entre os encaminhamentos do encontro está a elaboração de nota técnica com diagnóstico diferencial da esporotricose, protocolo farmacêutico para uso humano e animal e avaliação da necessidade de mais representantes para integrar o grupo de trabalho.
Durante o encontro, a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou a importância da integração de diferentes áreas estratégicas no enfrentamento à esporotricose, reforçando a necessidade de uma abordagem intersetorial.
Foto: Maíra Pessoa/ FVS-RCP
“O setor saúde dispõe de estratégias específicas para prevenir e controlar a doença em humanos. No entanto, o envolvimento das áreas voltadas ao bem-estar e à saúde animal é fundamental para o controle efetivo da cadeia de transmissão”, afirmou a diretora-presidente da FVS-RCP.
O chefe do Departamento Clínico da FMT-HVD, Silvio Fragoso, ressaltou que o encontro é essencial para alinhar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da esporotricose. “Esse trabalho conjunto garante o acolhimento de pacientes e animais e fortalece o controle da doença, especialmente em Manaus”, avaliou.
A chefe do departamento de Doenças e Epidemiologia da Fuham, Valderiza Pedrosa, explicou que a reunião estratégica dá ênfase no aprimoramento do atendimento, diagnóstico e notificação de casos em Manaus e outros municípios. “É importante ter um espaço de colegiado para aprimorar estratégias de prevenção diante do aumento da doença em humanos e animais, com a participação de diversas instituições”, reforçou.
A diretora de Vigilância Ambiental, Epidemiológica, Zoonoses e de saúde do trabalhador da Semsa de Manaus, Marinélia Ferreira, destacou a necessidade de ações articuladas. “A esporotricose, causada por um fungo presente no ambiente, exige uma abordagem multidisciplinar. A colaboração entre diferentes setores é fundamental para controlar a doença em animais e humanos”, disse.
saúde Animal
A atuação integrada é essencial no aprimoramento da compreensão da doença por parte da população, segundo avaliou o chefe do Departamento de Ações da SEPET, Américo Caminha. “É preciso ter o entendimento de que o gato é uma vítima, tanto quanto o ser humano. Que ele não é o vilão. As pessoas precisam entender o que é a doença”, ressaltou.
Representando o CRMV, Adriana Oliveira, especialista em medicina felina, reforça a relevância do grupo que recebe contribuições profissionais diferentes. “Este grupo formado por especialistas é muito importante para desenvolver métodos e estratégias eficazes para combater a esporotricose no Amazonas”, acrescentou.
Esporotricose
A esporotricose é uma micose subcutânea que ocorre quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo por meio de feridas na pele. A doença afeta humanos e animais, geralmente pelo contato do fungo com a pele ou mucosas, em acidentes com espinhos, palha, madeira em decomposição ou mordedura de animais infectados. No Amazonas, de 1º de janeiro a 28 de julho de 2025, foram confirmados 1.063 casos em humanos e 2.677 em animais.