2.º Juizado Maria da Penha
Assistente social Cyntia Ribeiro, coordenadora da equipe multidisciplinar do Juizado, palestrou no evento, que aconteceu na sexta-feira (26).
O Núcleo de Assistência à Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da 11.ª Região AM/RR (TRT-11) realizou, na sexta-feira (26/8), ação de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. O evento, ocorrido no miniauditório do Fórum Trabalhista de Manaus, integrou a programação da campanha “Agosto Lilás”, em referência ao aniversário da “Lei Maria da Penha” (Lei n.º 11.340, de 07 de agosto de 2006), que em 2022 completou 16 anos.
A presidente do TRT-11, desembargadora Ormy da Conceição Dias Bentes, abriu a programação sugerindo aos presentes uma reflexão sobre essa temática como “manifestação das políticas públicas e sociais a fim de formar uma consciência coletiva para uma total proteção da mulher nas suas vulnerabilidades, seja no âmbito pessoal, familiar ou profissional”.
Falando diretamente ao público presente, na maioria mulheres, a desembargadora garantiu que em sua gestão, que vai até o dia 14 de dezembro próximo, o Tribunal estará de portas abertas para receber denúncias de assédio. “Esta presidência não deixará essa prática acontecer”, enfatizou.
A primeira palestra foi da assistente social Cyntia Ribeiro, coordenadora da equipe multidisciplinar do 2º Juizado Maria da Penha, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Ela explicou como surgiu a Lei Maria da Penha, como pode ser aplicada e o que se pretende com a norma. A assistente social também falou sobre os papéis exigidos da mulher, os estereótipos de gênero, quem pode ser considerada vítima e agressor, além da importância em denunciar os casos de violência. “É muito importante a mulher entender que está sendo vítima, saber identificar as agressões, que na maioria das vezes começam de forma psicológica. Mais importante ainda é não se calar e ter coragem de denunciar”, declarou.
Ismael Rabelo, psicólogo do TRT-11, citou como exemplos de violência psicológica contra a mulher: ameaçar, proibir de estudar, vasculhar mensagens, controlar a vida social, vigiar ou perseguir, ridicularizar, tirar a liberdade de crença, fazer sentir-se culpada, entre outros. Ele também abordou outros tipos de violência sofrida pelas mulheres: moral, sexual e até patrimonial. Para ele, é fundamental que mulher quebre o ciclo de violência e isto só é feito através da denúncia.
“O homem abusivo gosta de exercer poder e controle sobre a mulher. Nós, homens, também precisamos refletir sobre isso. De onde vem a necessidade de sermos melhores e superiores às mulheres? Desde pequeno os meninos são educados na cultura do machismo, muita vezes pela própria mãe. Culturalmente o homem cresceu sem saber lidar com as emoções. Eles não aprendem a expressar sentimentos, não podem demonstrar fragilidade, não se sentem bem em pedir ajuda. Precisamos refletir e mudar, começando pela forma como educamos nossos meninos. E meu recado para a mulher é: até que ponto você precisa se submeter a um tipo de relação abusiva? Não se cale, não se ofusque. Existem, sim, uma saída. Denuncie”, afirmou o psicólogo.
#PraTodosVerem – A foto que ilustra a matéria mostra o miniauditório do Fórum Trabalhista, durante a palestra da assistente social Cyntia Ribeiro, que aparece ao fundo, de pé, falando ao microfone diante dos funcionários formam a plateia. Ao lado dela está sentando um rapaz, que usa camisa amarela, e tem diante de si um notebook por meio do qual aciona os slides que estão sendo projetados em um telão, com o conteúdo resumido da palestra.
Com informações e foto da Ascom do TRT-11
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