O magistrado, que faleceu em abril deste ano, foi o idealizador do projeto das Ocas do Conhecimento Ambiental, que tem cinco unidades em funcionamento na cidade.
A Oca do Conhecimento Ambiental, que funciona no Zoológico do Centro de Instrução e Guerra na Selva (CIGS), na zona Oeste da capital, recebeu o nome do juiz Adalberto Carim Antonio, que faleceu no dia 20 de abril deste ano. Idealizador do projeto das Ocas do Conhecimentos Ambiental, o magistrado era titular da Vara de Meio Ambiente e Questões Agrárias do Tribunal de Justiça do Amazonas e recebeu a homenagem póstuma nesta segunda-feira (06/06), durante a abertura oficial da “Semana do Meio Ambiente”, organizda pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), parceira do projeto da Ocas.
A OCA do CIGS foi inaugurada pelo próprio juiz Carim em 11 de dezembro de 2014 como espaço educacional e de exposição para preservação, conservação e proteção ambiental. O espaço possui um auditório com capacidade para 80 pessoas, saguão para exposição, biblioteca e a sala do Conhecimento Ambiental para atividades lúdicas e exposições. Atualmente existem cinco espaços de educação ambiental não formal: OCA Leste; OCA Norte; OCA Puraquequara; Espaço ECAM, no Manauara Shopping; e a OCA juiz Adalberto Carim Antonio no CIGS, que atendem mais de 250 alunos da rede municipal, além de estarem abertos para o público em geral.
A titular da 3.ª Vara de Fazenda Pública, que atualmente responde pela Vara Especializada do Meio Ambiente (Vemaqa) do TJAM, juiza Etelvina Lobo Braga, representou o Tribunal de Justiça do Amazonas na solenidade. “Dar continuidade e fazer um trabalho criado e elaborado pelo dr. Carim é muita responsabilidade, fui designada provisoriamente para responder pela Vara do Meio Ambiente, é muito trabalho, mas um trabalho gostoso e fiquei impressionada”, disse a magistrada.
Em seu discurso, ao mencionar projetos estruturados dentro da Justiça Ambiental, Etelvina Braga informou que o Juizado Volante Ambiental (Juvam) deverá retomar as atividades de disseminar educação ambiental, por ocasião de parceria com empresa do Distrito Industrial.
Etelvina Lobo falou sobre a necessidade de preservação dos mananciais de Manaus e que, atualmente, a Justiça Ambiental e parceiros estão voltados para o cumprimento da sentença prolatada pelo juiz Carim sobre licenciamento e permanência de flutuantes no Tarumã-Açu.
“É um trabalho que a gente faz pelo futuro. Esse trabalho dos flutuantes foi uma ação sentenciada pelo juiz Carim e está em cumprimento, pois temos de nos preocupar muito com a sobrevivência dos rios”, enfatizou. “A OCA é um trabalho fantástico que precisa ser enfatizado, pois estamos no meio dessa biodiversidade e temos essa obrigação, esse dever e de firmamos compromisso com a preservação”, disse.
A mãe do juiz Carim, dona Olinda Carim Antonio, esteve presente à homenagem póstuma feita ao magistrado e agradeceu a iniciativa. “Eu gostaria de agradecer a Prefeitura Municipal (Semed), na pessoa da professora Dulce Almeida, pela homenagem póstuma ao meu filho, pelo reconhecimento do seu trabalho pelas causas ambientais”.
O irmão mais velho do juiz Carim, Ataliba David Antonio Filho, falou da trajetória do magistrado. “Esse é um momento de reconhecimento do trabalho que meu irmão realizou ao longo de mais de 20 anos à frente da Vara do Meio Ambiente. Ele dedicou a vida dele às causas ambientais e o nome dessa OCA no Cigs é mais um reconhecimento desse trabalho. A OCA é um dos filhos, resultado dos vários projetos como o ‘Juizado Volante Ambiental’, o ‘Sementes da Vida’ e a forma como usou a Lei para que os demandados reparassem os danos causados ao meio ambiente de forma a contribuir com a preservação ambiental”, ressaltou.
O diretor do Departamento de Gestão Educacional da Semed, professor Evaldo Bezerra Pereira, afirmou que a ideia é mostrar que a educação está voltada para a questão ambiental. “Apresentamos aos nossos alunos a importância da sensibilização para a preservação e o cuidado com o ambiente. Foi imprescindível a ação do dr. Adalberto Carim de proporcionar, dentro da Secretaria de Educação Municipal, a criação deste espaço, as OCAS, e a partir da sua criação pudemos expandir para toda nossa rede esse trabalho de educação ambiental. Foi de grande importância para a Semed o olhar e a sensibilidade do dr. Adalberto”.
Erika Amorim, coordenadora das Ocas do Conhecimento, reafirmou que foi uma honra a escolha do nome do juiz do Meio Ambiente do TJAM para o espaço.
#PraTodosVerem: Imagem principal da matéria mostra o descerramento da placa da Oca do Conhecimento Ambiental, que funciona no CIGS e que, agora, recebeu o nome do juiz Adalberto Carim Antonio.
Sandra Bezerra
Fotos: Chico Batata
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