Nesta semana, o projeto do TJAM voltou a realizar palestra voltada para reeducandos encaminhados pelas Varas Criminais, atividade que contou com a participação de representantes de instituições parceiras.
O Projeto Reeducar realizou nesta semana mais uma palestra presencial no auditório do Fórum Cível Des.ª Euza Naice de Vasconcellos, no bairro de São Francisco, zona Sul de Manaus. A atividade reuniu 15 reeducandos e contou com a participação da coordenadora do projeto, Eulinete Melo Tribuzy, além de representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Ellen Melo Castro; do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Tatyanne Cardoso dos Santos; do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), professor Mauro Petras; e da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), Juliano Braga, dos Alcoólicos Anônimos (AA) e dos Narcóticos Anônimos (NA), todas instituições parceiras do projeto desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas.
Durante a abertura do evento, a juíza Eulinete Melo Tribuzy, titular da 11.ª Vara Criminar e coordenadora do Projeto Reeducar, ressaltou a importância da presença de parceiros e o atendimento ao chamado para um novo caminho pelos reeducandos. “O projeto Reeducar acredita na mudança do homem, na mudança de atitude e na mudança de opção de vida. Estamos recomeçando este trabalho de forma presencial com a felicidade de contar com parceiros fiéis, que nos ajudam a proporcionar um caminho diferente a pessoas em liberdade provisória por processo que responde aqui na Justiça estadual. O projeto se pauta na busca da dignidade pelo ser humano e ser digno não é ter coisas materiais, mas optar e lutar pelo trabalho honesto não pela facilidade do que é ilegal e que leva muitos à prisão e até a morte em confronto com a policia”, disse a magistrada.
Desde sua implantação, há 13 anos, mais de 15 mil pessoas que respondem a processos criminais passaram pelas atividades do Reeducar, cujo índice médio de reincidência entre os liberados provisórios está entre 1% e 4%, segundo estimativa da coordenação do projeto.
As representantes do Senai e do Senac apresentaram aos reeducandos as oportunidades de reconstrução da vida profissional e da própria cidadania por meio de cursos de qualificação nas área de serviço e empreendedorismo nos vários segmentos da indústria e do comércio.
“O Senai está também nessa missão de formar o cidadão, o público que também está na vulnerabilidade, e enxergamos a competência dentro desse ser humano. Independente do que fez e do que aconteceu, cabe a cada um resignificar a história e escolher o que deseja escrever daqui pra frente”, disse Tatyanne Cardoso dos Santos, do Senai. Ela explicou que a instituição atua na indústria e estende cursos em área tecnológica como TI, com informática básica e macatrônica, mas foi na área de alimento e que há vários anos é parceira do projeto Reeducar. “Grande parte dos reeducandos sempre buscou qualificação, com muitos se tornando empreendedores. Muitos se engajaram e se emprenharam em fazer cursos até concretizar o próprio negócio, tendo nosso acompanhamento e resignificando a própria vida”, disse Tatyane, opções de cursos como os de costura, ou da área da construção civil, como o de pedreiro, e o de marcenaria.
A coordenadora de educação profissional do Senac, Ellen Melo de Castro, falou da importância da concentração de investimentos e participação da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Senac em orientar profissionalmente o público do projeto. “Aqui se destaca o grande valor da pessoa humana e a dedicação da juíza Eulinete, que acentua a importância das nossas ações solidárias”, disse. Ellen relembrou o impacto da frase da titular da 2.ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes e juíza-coordenadora da Secretaria de Custódia do TJAM, Rosália Guimarães Sarmento, que também palestra no Reeducar. “Gostaria de lembrar uma frase da dr.ª Rosália, há alguns anos, quando nos engajamos nesse projeto e que nos impactou muito, fazendo a conexão com a missão e os valores da nossa instituição. Ela disse: “Todos nós somos reeducandos” e imediatamente conectamos essa fala com a missão do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Amazonas, que tem a mesma missão no Brasil inteiro de educar para o trabalho em atividades de comércio de bens, serviços e turismo. Todos os dias, de fato, precisamos aprender algo novo para ter o compromisso de nos melhorar”, salientou a represente do Senac.
Programação de cursos
No dia 25 de abril terá inicio o primeiro curso presencial oferecido pelo Reeducar desde que a pandemia impôs a adoção de medidas de distanciamento social, visando à prevenção da covid-19. O curso acontecerá na sala do Projeto, recém-inaugurada no 3.º andar do Fórum Henoch Reis. O “Curso de Repositor de Mercadorias” tem o numero de 20 vagas e já está com 15 preenchidas e é oferecido em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).
#PraTodosVerem – a foto que ilustra a matéria mostra a juíza Eulinete Tribuzy (ao centro da mesa), com as representantes do Senac e do Senai, na abertura da palestra realizada na segunda-feira, no Projeto Reeducar.
Sandra Bezerra
Fotos: Raphael Alves
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