Organizada pela juíza Clarissa Lino, a ação teve a participação dos representantes da Defensoria Pública e do Ministério público na Comarca.
Em ação articulada pela titular da Comarca de Canutama, juíza Clarissa Lino, os moradores da comunidade de Belo Monte, localizada ao norte do município (distante 615 quilometros de Manaus), receberam a visita de repesentantes dos órgãos do Sistema de Justiça. Além da participação da magistrada, a ação contou com a presença da Defensoria Pública do Amazonas, representada pela defensora pública Bárbara Mattos Deucher, e do Ministério Público Estadual, representado pelo promotor de Justiça Bruno Batista.
“A ideia foi apresentar aos moradores os representantes da Defensoria e do Ministério Público e responder às dúvidas da população porque, pela primeira vez na história da comunidade, todos os órgãos conseguiram estar juntos para prestar atendimento e verificar a realidade de Belo Monte”, explicou a juíza Clarissa.
A comitiva também realizou fiscalização da Unidade Básica de Saúde, e, durante a palestra, respondeu às questões sobre meio ambiente, direitos e proteção à criança e ao adolescente, ações da rede de proteção, como o Conselho Tutelar, e perguntas sobre benefício previdenciário, pensão alimentícia, entre outras.
No último mês de abril, a juíza Clarissa Lino esteve sozinha em visita à comunidade Belo Monte e, agora, retornando ao local com os demais órgãos integrantes do Sistema de Justiça, salienta que pode fazer um comparativo da situação dos moradores. “Percebi o resultado positivo da nossa conversa desde a minha primeira visita, pois como a população estava mais orientada, foram feitos questionamentos mais aprofundados e, ainda, me passaram um feedback de como estavam as situações anteriores, principalmente relativas aos direitos da criança e adolescente e policiamento. Disseram que houve uma melhora”, explicou.
A juíza ressaltou a importância da aproximação do próprio Judiciário com a população, apesar das dificuldades geográficas. “Foi a segunda vez que estive na região Norte de Canutama, cuja distância da sede é de 1 hora de voadeira. Os representantes do Ministério Público e a Defensoria Pública não tinham tido a oportunidade de visitar a localidade, o que é justificado, pois entendemos que até para chegar à cidade de Canutama há uma grande dificuldade, já que o município teve a pista de pouso interditada e o acesso é fluvial, partindo de Manaus, levando cerca de 5 dias. A outra possibilidade é sair de Manaus para Porto Velho, por via aérea, e após pegar um carro e viajar durante cinco horas até Lábrea; por fim, ainda é necessário embarcar em uma lancha, cuja viagem dura 6 horas, até chegar em Canutama”, explicou a magistrada.
#PraTodosVerem – a fotografia principal que ilustra a matéria mostra a juíza Clarissa Lino (de vestido preto) e os demais integrantes da ação levada à comunidade Belo Monte, na região Norte de Canutama. O grupo percorre uma das ruas da comunidade. A via, sem pavientação, tem ao lado direito uma cerca que separa algumas casas de madeira, e do lado esquerdo, uma construção em tijolos.
Sandra Bezerra
Fotos: Acervo da Comarca
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