Magistrados, servidores, terceirizados e estagiários conheceram mais sobre os tipos de assédio moral e as formas de prevenção e de denuncia
Como forma de aprimorar o conhecimento e as práticas de combate ao assédio moral, o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) realizou o Seminário Assédio Moral no Ambiente de Trabalho, no último dia 22, no miniauditorio do Fórum Trabalhista de Manaus, na Avenida Ferreira Pena, Centro. As palestras foram ministradas pelo vice-diretor da Escola Judicial do TRT-11 (Ejud 11) e juiz do Trabalho Igo Zany Nunes Correa e pela psicóloga Simone Cardoso.
Igo Correa falou sobre os tipos de assédio e os meios de combatê-lo, enfatizando que é preciso que gestores estejam alerta, pois podem em algum momento estar cometendo assédio sem que tenham consciência disso. “Nós estamos em um tribunal e acima de tudo, um Tribunal do Trabalho que é quem tem que dar o exemplo”, defendeu.
A psicóloga Simone Cardoso apresentou o tema “Tipos de assédio no ambiente de trabalho e estratégias de prevenção”, onde tratou dos efeitos psicológicos e físicos que podem se dar por hipertensão, taquicardias e até em casos de burnout e depressão, podendo ainda levar pessoas ao suicídio.
Ela explicou que muitas não percebem que são vítimas de assédio e que são alvos de críticas e comentários sobre sua atuação no trabalho. “Daí a importância de uma terceira pessoa que diga ‘isso que está acontecendo com você é o errado. O jeito que você está sendo tratado não e certo’. Sobre os tipos mais comuns de assédio ela destaca o ato de alguns superiores gritarem com os subordinados ou delegar coisas impossíveis ou ainda deixá-los de escanteio, “de repente o gestor não delega tarefas e ele não faz mais nada”.
A diretora do Comitê Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Assédio Sexual, Yone Silva Gurgel Cardoso, ao final das palestras, destacou a importância de “liderar pelo exemplo”. Ela enfatizou que o Comitê possui canais de orientação para quem se sentir vítima de alguma forma de assédio. Os principais canais do Comitê são o e-mail [email protected], exclusivo para receber denúncias de assédio no âmbito do tribunal; e a Ouvidoria do TRT-11 que tem ainda um atendimento especializado para as pessoas do sexo feminino por meio da Ouvidoria da Mulher.
A diretora da Ejud 11, desembargadora Ruth Barbosa Sampaio, destacou que o assédio moral requer ações rápidas “pois os efeitos podem levar as vitimas à doenças diversas e até ao suicídio”. Para ela, o Seminário teve a importância de levar informação para que “muitos gestores se conscientizem se estão cometendo assédio enquanto servidores, terceirizados e estagiários possam saber a quem procurar”.
Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Emerson Medina
Fotos: Renard Silva