Evento teve encenação de acidente de trabalho, simulação de julgamento e desfile de profissões com equipamentos de proteção individual
Com entusiasmo e atenção a todos os detalhes os alunos da Escola Integral Elisa Bessa, no bairro Jorge Teixeira (zona leste de Manaus) participaram de uma experiência interativa de como funciona a Justiça do Trabalho. No último dia 14/12 foi realizada a primeira atividade da segunda edição do projeto “A difícil arte de julgar – a Educação de mãos dadas com a justiça”, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) e que teve como tema “Trabalho Seguro – Adote Essa Prática.
O projeto é uma parceria do Tribunal com a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seduc). Para o presidente do TRT-11, desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva, o projeto “A Arte de Julgar” tem potencial de despertar nos alunos a escolha pela carreira na área do Direito. “É importante para o aluno criar uma consciência, escolher uma profissão e daqui a alguns anos serão juízes, promotores, advogados, servidores”, afirma.
Para a secretaria executiva–adjunta-pedagógica da Seduc, Arlete Mendonça, que representou a titular da pasta, Kuka Chaves também destacou o fator inclusivo do projeto, “É uma oportunidade nossos alunos terem esse contato. É exatamente disso que nós precisamos. A escola pública precisa de oportunidade”, enfatizou.
O projeto simula um julgamento de ação trabalhista a partir da encenação de uma situação envolvendo o acidente de uma funcionaria nas dependências de uma empresa. A platéia então conhece os argumentos dos advogados de defesa da empresa e da empregada.
O juiz do Trabalho e gestor regional do Programa Trabalho Seguro, Vitor Maffia representou o advogado da empresa. Mais tarde, ele comentou para a platéia sobre a experiência: “Somos movidos muito por piedade. Às vezes vemos o que a empresa disse e a tendência é se inclinar a favor da trabalhadora, mas não é assim, temos que levar em consideração sempre os dois lados”, defendeu.
A também gestora regional do Programa Trabalho Seguro, juíza Amanda Midori representou a defesa da trabalhadora acidentada e comparou como a decisão impacta tanto quem entra com ação quanto quem é alvo dela. “Não é só um acidente, não são apenas números, são vidas Da mesma forma, não é só uma empresa. Às vezes, dependendo do valor da indenização você pode inviabilizar um negócio”.
Ao ouvir as partes, os alunos fizeram a vez de júri e votaram com uso do celular para decidir a sentença. No caso do evento do dia 14/12, a trabalhadora ganhou a causa.
Além da encenação houve um desfile com alunos representando profissões e seus respectivos equipamentos de proteção individual (EPIs). Eles representavam escolas públicas da rede estadual de Ensino: Escola Estadual Vasco Vasquez; Escola Estadual Isaac Sverner; Escola Estadual Sérgio Pessoa; Escola Estadual Rofram Belchior; Escola Estadual Demóstenes Belduque; Escola Estadual Cecília Ferreira da Silva; Escola Estadual Cleomenes do Carmo chaves; Escola Estadual Roderick de Castello Branco; e Escola Estadual Jorge Karam Neto.
Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Emerson Medina
Fotos: Roumen Koynov