O juiz do trabalho do TRT da 11ª Região (AM/RR) Igo Zany Nunes Correa, vice-diretor da Escola Judicial do TRT-11 (Ejud11), foi palestrante em evento promovido pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE/AM), na manhã de ontem (2/5), no auditório do TCE/AM. O magistrado abordou o tema “Assédio Moral e Discriminação no ambiente de trabalho”. O evento também contou com a presença da cientista social, Tainá Andrade.
A ação, organizada pelo Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e Discriminação (Cpead) do TCE/AM, aconteceu no dia nacional do combate ao assédio moral, celebrado em 2 de maio. O evento serviu como incentivo de ampliar ideais que propiciem um bom ambiente de trabalho, assim como o combate às condutas que reprimem o êxito dos servidores na instituição.
O evento foi aberto pelo conselheiro-presidente do TCE/AM, Érico Desterro. “Ao inserirmos a política de combate aos mais diversos tipos de assédio no ambiente de trabalho, pensamos em algo que colabore para a melhor atuação dos nossos servidores”, destacou o conselheiro-presidente.
Em sua palestra, o juiz do Trabalho Igo Zany abordou temas como o assédio moral e discriminação no trabalho, trazendo uma perspectiva de legislação, identificação de irregularidades e caminhos que o trabalhador deve buscar. “O assédio é toda conduta reiterada ao trabalhador que fere sua saúde. Então tudo aquilo que afeta o ambiente de trabalho deve ser pautado, pensado e resolvido, sem que isso traga certames de punição para quem está buscando resolver tal situação. Toda instituição deve ter políticas efetivas de tornar melhor a atuação de seus trabalhadores, e assim como elas, a Justiça do Trabalho está à disposição de todos os cidadãos”, afirmou o magistrado.
A pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidades e Interseccionalidades da Universidade Federal do Amazonas (Gesecs/Ufam) e cientista social, Tainá Andrade, esclareceu termos envolvendo a temática de assédio sexual e como essa prática pode negativar a vida interna e externa ao ambiente de trabalho. “É essencial discutir políticas de combate e prevenção quanto ao assédio. O silêncio sobre essas questões torna invisível alguns avanços na lei e nas relações de igualdade. A maior parte que sofre com isso são as mulheres, então quando as instituições abrem caminhos para entender, captar e incentivar melhorias com base em resoluções normativas, todo o cenário pode mudar e extinguir esse tipo de comportamento”, explicou a cientista social, Tainá Andrade.
Ainda no encontro, o Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e Discriminação (Cpead) distribuiu ao público presente, cartilhas informativas relacionadas à temática abordada e placas de reconhecimento pela participação dos palestrantes. A cartilha está disponível no link: https://www2.tce.am.gov.br/?page_id=58574
Texto: TCE/AM, com edições de Martha Arruda
Fotos: TCE/AM.