Os principais aspectos e características do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), entre eles a hiperatividade e as dificuldades de aprendizagem, foram tema central da roda de conversa “Hiperatividade x Diagnóstico do TDAH pelos olhos da sociedade”, realizada na manhã desta sexta-feira (21), no auditório do Tribunal de Contas do Amazonas.
Realizado em parceria entre a Diretoria de Saúde (Disau), Divisão de Assistência Social (Dias) e a Escola de Contas Públicas (ECP), o evento contou com a participação de profissionais de diversas áreas da neurobiologia e pedagogia, entre eles a psiquiatra infantil Valéria Cerqueira, a psicóloga Julyane Garcez Ferreira, a neuropsicopedagoga Jessica Natasha Aires Marinho e a neurologista Monique Vitoriano Carneiro.
“Esse é um evento que tem como objetivo principal promover a conscientização sobre o TDAH, além de combater o preconceito relacionado ao diagnóstico, desmistificando crenças equivocadas e oferecer orientações tanto para as pessoas diagnosticadas com o transtorno quanto para seus familiares e cuidadores”, destacou a diretora de Saúde do TCE-AM, Erika Fernandes.
“Ao fornecer conhecimento e orientação, podemos ajudar a identificar e encaminhar para o atendimento adequado, garantindo que as pessoas recebam o tratamento necessário. Isso gera um impacto positivo tanto para o paciente, que passa a receber o suporte necessário, quanto para a família, que muitas vezes encontra respostas para situações que antes eram difíceis de compreender”, concluiu.
Apresentações
O evento foi marcado com quatro apresentações prévias que antecederam o período da roda de conversas, que contou com a leitura de perguntas feitas pela plateia de quase 300 presentes e resposta das quatro palestrantes, por intermédio da mediadora e psiquiatra Loren Cavalcante.
Abrindo o ciclo de palestras, a doutora Valéria Cerqueira abordou o TDAH no período da infância, sua incidência e características, que chega a afetar 5% das crianças e que podem inclusive afetar de forma importante o desenvolvimento e a vida adulta da pessoa. Segundo ela, é importante separar o diagnóstico correto das suposições.
A segunda palestra foi apresentada pela doutora Monique de Souza Vitoriano Carneiro, que focou no TDAH específico para a vida adulta, que afeta de 2,5% a 3% dos integrantes dessa faixa etária. Durante a apresentação, a médica abordou as principais características que dão indícios de que uma pessoa possa ter TDAH mas, conforme ela, é preciso uma investigação minuciosa para chegar a um diagnóstico correto.
A psicóloga Julyane Garcez Ferreira foi a terceira a palestrar, desta vez com foco nos testes que levam ao diagnóstico do TDAH, inclusive aprofundando testes que avaliam a intensidade do transtorno e os possíveis prejuízos funcionais que as pessoas com o transtorno sofrem.
O ciclo de palestra foi encerrado com palestra da neuropsicopedagoga Jéssica Natasha Jacquiminouth Aires Marinho, que abordou em sua apresentação a adaptação escolar para alunos que possuem o TDAH.